quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mão de obra escrava no Recôncavo Baiano


A mão-de-obra escrava foi empregada em atividades que exigiam trabalho qualificado, tais como conserto de barris, tinas (tanoeiros), atividades de preparação do açúcar, atividades de ferreiros, etc. Os primeiros africanos chegaram nos engenhos do Recôncavo Baiano, uma das regiões pioneiras no estabelecimento da economia açucareira.
O trabalho do negro substituiu o do indígena por várias razões, uma dessas razões, por exemplo, foi por ser a mão-de-obra negra mais qualificada do que a indígena. Outra forte razão foram os altos lucros que o tráfico de escravos africanos rendia para os comerciantes. O tráfico era, sem dúvida, uma das atividades mais lucrativas do sistema colonial.
A partir da segunda metade do século XVI, os africanos foram pouco a pouco substituindo os índios, também nos partidos de cana. As razões que explicam essa substituição foram: declínio da população nativa, sua inexperiência e resistência ao trabalho contínuo na lavoura, o interesse português no tráfico de escravos africanos, tendo em vista a sua lucratividade.
No Brasil, o trabalho escravo predominou em quase todos os setores econômicos. Além do setor da produção de açúcar, foi empregado também na agricultura de abastecimento interno, na criação de gado, nas pequenas manufaturas, no trabalho doméstico, em toda ordem de ocupações urbanas.
Nas cidades, eram os escravos que se encarregavam do transporte de objetos, dejetos e pessoas, além de serem responsáveis por uma considerável parcela da distribuição do alimento que abastecia pequenos e grandes centros urbanos. Escravos vendedores ambulantes e quitandeiros, sobretudo mulheres, povoavam as ruas de Recife, Salvador, Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e outras cidades. 

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