quinta-feira, 26 de julho de 2012

O preço da liberdade


                        Um documentário sobre a África do Sul

Cotas Raciais


Cotas raciais é a reserva de vagas numa instituição (seja ela pública ou privada), geralmente destinadas à população afro-descendente ou indígena. No Brasil, essas cotas são aplicadas em concursos e vestibulares, porém nem todas as universidades aderiram à esse método.
Há quem defenda e quem reprove as cotas. Aqueles que defendem, argumentam que no nosso país, negros não têm as mesmas oportunidades que brancos, por isso cotas facilitarão a valorização dos pensamentos dessas pessoas. Já os que reprovam, alegam que aumenta o racismo, já que há uma necessidade de “proteção” aos negros.
Portanto, cotas raciais ainda é um assunto polêmico na nossa sociedade. Contundo, é necessário analisarmos que negros ainda sofrem preconceito devido toda nossa história de escravatura e “utilização” dos mesmos.

Seminário Internacional de Literatura Afrolatina


                                                    


Seminário Internacional de Literatura Afrolatina – têm por objetivo promover o debate em torno da reflexão sobre a produção, crítica e circulação das poéticas e da cultura afrolatinas. A intenção é criar espaço para a interlocução entre pesquisadores, jovens, pesquisadores, professores, artistas de diferentes áreas que tenham por objetivo a cultura produzida na Diáspora. O SILIAFRO, a realizar-se nos dias 24, 25, 26 e 27 de outubro de 2012 contará com a participação de alguns dos maiores nomes da área no Brasil e no exterior em conferências, mesas-redondas e comunicações orais. O evento será bienal e é fruto de parceria com a UNEB – Universidade Estadual da Bahia, além de contar com a importante participação de pesquisadores da UFNR.

Atualidades


Líderes de Sudão do Sul e Sudão negociam fronteira e petróleo

Os dois se reuniram por mais de uma hora no hotel, primeiro com assessores e então para uma sessão de conversas privada.


      Addis Ababa - Os presidentes do Sudão e do Sudão do Sul tiveram no sábado sua primeira reunião desde que os seus países quase foram à guerra em abril, dando esperanças de um acordo negociado sobre petróleo e disputas fronteiriças antes do prazo de 2 de agosto estipulado pelo Conselho de Segurança da ONU.
      O encontro cara a cara entre Omar Hassan al-Bashir e seu colega do sul, Salva Kiir, no hotel Sheraton na capital etíope de Addis Ababa, seguiu-se a uma sessão da União Africana na qual ambos se comprometeram com negociações pacíficas sobre o conflito.
      Os dois se reuniram por mais de uma hora no hotel, primeiro com assessores e então para uma sessão de conversas privada.
      "“Os dois presidentes concordaram e instruíram suas equipes a apressarem as negociações e desenvolverem decisões ousadas em áreas chave, assim como alcançar acordos em todas as questões", disse o negociador-chefe de Kiir, Pagan Amum, a jornalistas.
     Os países, que formavam a maior nação da África subsaariana antes de o Sudão do Sul obter a independência no ano passado, enfrentam a ameaça de sanções do Conselho de Segurança da ONU a menos que resolvam pacificamente as disputas de fronteira, petróleo e outras antes do prazo de 2 de agosto.          

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Curiosidades – Africa



O continente africano ocupa o segundo lugar em extensão no planeta Terra e que é o mais quente, tendo desertos abrasadores, densas florestas tropicais e extensas savanas cheias de vida.
Com culturas muito variadas, os habitantes vivem na sua maioria no campo, sendo cada vez mais os que vão para as cidades em busca de trabalho.
Este continente está ligado à Ásia e só um estreito o separa da Europa, o estreito de Gibraltar.
O Sara é o maior deserto do planeta e cobre quase um terço do continente africano onde se encontram as dunas mais altas do mundo.
Os diamantes amis valiosos provêm das minas de África do Sul, encontram-se enterrados em grande profundidade no subsolo.
O maior rio do mundo é o Nilo, com 6650 quilômetros de comprimento. Nasce simultaneamente em Uganda e na Tanzânia, atravessa Sudão e Egito e desemboca no Mar Mediterrâneo. Banha uma área total de 3 milhões 349 mil quilômetros quadrados, ou seja, uma décima parte da superfície total do continente africano.

Esperança africana supera os problemas da realidade


Africanos se dizem melhores hoje do que cinco anos atrás.
A pesquisa, feita em dez países, diz que eles estão otimistas com relação ao futuro.

Apesar da somatória de problemas englobando desde doenças fatais como AIDS e malária, até políticos corruptos e pobreza crônica, um grande número de africanos afirma que estão melhores hoje do que cinco anos atrás e estão otimistas com relação ao próprio futuro e ao das próximas gerações, segundo uma pesquisa realizada pelo “New York Times” e pelo Pew Global Attitudes Project em dez países subsaarianos.


Christoph Bangert/The New York Times
Fiscais eleitorais após votação fraudada na Nigéria (Foto: Christoph Bangert/The New York Times)
Os resultados apresentam um panorama atípico e complexo de um continente em transição – um retrato de dez países africanos modernos tirado no momento em que lutam para constituir governos responsáveis, administrar conflitos violentos e transformar recursos naturais em riqueza para a população. 

A pesquisa identificou que, na maior parte, os africanos estão satisfeitos com os governos nacionais e a maioria dos entrevistados em sete dos dez países declarou que a situação econômica está boa pelo menos em alguns aspectos. Contudo, muitos afirmaram que enfrentam uma série de problemas complexos que às vezes ameaçam a vida, desde tráfico de drogas, passando por corrupção política, carência de saneamento básico, escolas inadequadas para as crianças, violência étnica e política, até doenças fatais. 

As entrevistas feitas pessoalmente foram realizadas em abril e maio com 8.471 adultos em Gana, Etiópia, Costa do Marfim, Quênia, Mali, Nigéria, Senegal, África do Sul, Tanzânia e Uganda. A amostra da pesquisa incluiu populações adultas de todas as regiões desses países, com exceção da África do Sul, onde se concentrou na zona urbana, e da Costa do Marfim, onde foi desproporcionalmente urbana e procurou se manter em áreas simpatizantes ao governo. A margem de erro da pesquisa foi de três ou quatro pontos percentuais para mais ou para menos. 
Batalha pela democracia 
Os resultados demonstraram que a batalha pela democracia e por bons governos na África é mais uma miscelânea de ganhos e retrocessos do que uma onda constante de progresso em um continente vitimado por alguns dos piores casos de desgoverno. Embora todos os países participantes da pesquisa sejam, em tese, democracias, metade dessas nações sofreu sérios golpes de movimentos multipartidários nos últimos anos. A maioria em todos os países declarou que líderes políticos corruptos são um grave problema. 
As últimas eleições na Etiópia e em Uganda foram frustradas pela violência e pela exclusão de candidatos de peso, e não conseguiram cumprir os padrões internacionais de idoneidade. Representaram um atraso considerável para ambos os países que há uma década eram tidos como símbolos proeminentes do futuro democrático da África. 

Problemas eleitorais atingiram até o Senegal, visto com freqüência como um ícone de esperança da instável região do ocidente africano porque jamais havia sofrido um golpe e possui uma longa tradição democrática. Neste ano, os partidos de oposição boicotaram as eleições legislativas no país alegando fraude eleitoral. 

Na Nigéria, país mais populoso e principal produtor de petróleo da África, os resultados da pesquisa refletem a decepção com o modo como as eleições são realizadas – 67% dos nigerianos afirmaram que a próxima eleição presidencial será marcada pela desonestidade. As eleições presidencial e local de abril foram de tal modo prejudicadas por fraudes e violência que a União Européia as considerou invalidadas. Perguntados se estavam, em geral, satisfeitos ou insatisfeitos com o andamento das coisas em seus países, 87% dos entrevistados pela pesquisa afirmaram que estão insatisfeitos. Os nigerianos, porém, revelaram-se os mais otimistas de todos os povos pesquisados – 69% disseram que esperam que as crianças de hoje na Nigéria terão uma vida melhor do que a da população atual. 

"Isso denota um enorme desafio para a democracia na África", declarou Peter M. Lewis, diretor de estudos africanos na Universidade Johns Hopkins e um dos criadores do Afrobarômetro, uma pesquisa de opinião pública sobre o pensamento africano. "Testemunhamos um progresso significativo nas práticas e liberdades democráticas nos últimos 10 ou 15 anos. Sabemos também que na maioria desses países, o cidadão comum não teve uma melhora significativa em suas condições materiais e de vida". 
Economia heterogênea 
Os dados econômicos da pesquisa apresentam um quadro heterogêneo. Grande parte dos entrevistados disse que a situação financeira havia melhorado nos últimos cinco anos, com exceção da Costa do Marfim, Tanzânia e Uganda. Muitas economias africanas crescem rapidamente com a alta nos preços de petróleo, minério de ferro, cobre e madeira registrada nos últimos anos – o crescimento total do produto interno bruto na África no ano passado foi de 5,7%, e alguns países, como a Nigéria, maior produtor de petróleo do continente, teve um crescimento muito mais elevado. 

Entretanto, a maior riqueza de recursos não os conduziu necessariamente a uma ampla prosperidade. Dos entrevistados na Nigéria, 82% disseram que a população média não se beneficia da abundância de petróleo do país. 

A fome, aparentemente, foi considerada menos grave – a maioria dos entrevistados em todos os países exceto Uganda, Quênia e Tanzânia declarou que tem dinheiro suficiente para comprar a comida necessária para a família. 

Maiorias expressivas disseram que escolas de má qualidade são um grave problema e muitos entrevistados afirmaram que é mais difícil oferecer educação para os filhos do que comida. A pesquisa também avaliou o posicionamento africano em relação aos Estados Unidos e identificou que, no geral, oito dos dez países pesquisados disseram que vêem o país como um aliado confiável. Demonstraram menos do sentimento de anti-americanismo que dominou as pesquisas de opinião pública nos últimos anos, mas alguns países deixaram clara a visão negativa em relação à cultura norte-americana. 82% na Tanzânia, dois terços no Senegal e cerca de metade dos entrevistados em Gana, Mali e Quênia se incluem neste último bloco. 


Africanos enriqueceram a cozinha brasileira



Não há nada mais gostoso que a comida do Brasil! Pode parecer exagero, mas a alimentação brasileira tem uma riqueza incrível, pois sua origem é uma mistura das tradições indígenas, européias e africanas.

Os índios se alimentavam da mandioca, das frutas, dos peixes e das carnes de caça. Com a chegada dos colonizadores portugueses, o pão, o queijo, o arroz, os doces e os vinhos foram se incorporando à nossa alimentação.

Mas uma das contribuições mais importantes aos nossos hábitos alimentares, durante todo o período de colonização, foi aquela que veio da África, trazida pelos escravos. Se os comerciantes de escravos traziam os ingredientes (especiarias), os escravos traziam na memória os usos e os gostos de sua terra. Era aí que estava o segredo.

Os escravos não tinham uma alimentação farta. Comiam os restos que os seus senhores lhes destinavam. Os ingredientes nobres, o preparo requintado e as maneiras européias à mesa aconteciam na casa grande. Enquanto isso, a cozinha negra se desenvolvia na senzala, em tachos de ferro.

Azeite de dendê
Alguns escravos conseguiam criar algum animal ou cultivar uma pequena horta. Talvez por isso, o tempero e o uso de uma grande variedade de pimentas deu um sabor especial aos seus pratos. O azeite de dendê também foi um dos ingredientes mais importantes da culinária negra. O dendezeiro é uma palmeira de origem africana, e de sua polpa se extrai o azeite que dá a cor, o sabor e o aroma de tantas receitas deliciosas como o caruru, o vatapá e o acarajé.

O uso de pimentas, que já era antigo nas terras da América, se espalhou pelo Brasil no século 18. Uma outra tradição, a de vender comida nas ruas, em grandes tabuleiros, se estabeleceu na mesma época na cidade de Salvador, na Bahia. Esses tabuleiros traziam de tudo. Um cronista daquele tempo relatou ter visto, num mesmo tabuleiro, mais de vinte qualidades diferentes de comidas salgadas e doces. Entre essas iguarias estava, além do acarajé, do vatapá e do abará, angu, mingau, pamonha e canjica.

O acarajé se tornou tão importante que foi transformado em patrimônio nacional. É uma referência tão importante para nossa cultura, que é reconhecido e protegido pelo patrimônio histórico. Ele é especialmente típico da cidade de Salvador, na Bahia, que é considerada a capital da cozinha afro-brasileira.

O fator religioso
Um outro fator que ajudou a difundir a comida de origem negra foi a religião africana - o candomblé. O candomblé tem uma relação muito especial com a comida. Os devotos servem para os santos comida que pertencem à tradição africana. Como as comunidades negras se espalharam pelo Brasil, a culinária que veio da África se espalhou por todo o país.

Hoje em dia, os pratos e os temperos da cozinha negra fazem parte da nossa alimentação. São saboreados no dia-a-dia e também nas festas populares. Os caldos, extraídos dos alimentos assados, misturados com farinha de mandioca (o pirão) ou com farinha de milho (o angu), são uma herança dos africanos. Podemos lembrar que da África também vieram ingredientes tão importantes como o coco e o café.

Feijoada
Para terminar, não se pode deixar de mencionar um dos pratos favoritos do país: a feijoada, que também teria se originado nas senzalas. Enquanto as melhores carnes iam para a mesa dos senhores, os escravos ficavam com as sobras: pés e orelhas de porco, lingüiça, carne-seca etc., eram misturados com feijão preto ou mulatinho e cozidos num grande caldeirão. Há quem discorde, atribuindo os pratos brasileiros a base de feijão à influência europeia.

De qualquer forma, a feijoada é autenticamente nacional. Segundo registra o folclorista Câmara Cascudo, as receitas são incontáveis e, com elas, variam tanto as carnes quanto as verduras usadas. A feijoada chegou a servir de inspiração para escritores como Pedro Nava, em um de seus livros de memórias, e para o compositor Chico Buarque de Holanda, que tem uma canção intitulada "Feijoada Completa".


Notícia sobre República Democrática do Congo


 ONU ''protegerá'' a cidade de Goma do grupo rebelde M23
  O Exército conseguiu retomar 2 outras cidades capturadas por combatentes



Congoleses deixam aldeia de Kabindi, na República Democrática do Congo, território de Rutshuru. Combates entre o exército congolês e os rebeldes forçou outra onda de pessoas a deixarem suas casas (Phil Moore/AFP)
O enviado das Nações Unidas Roger Meece afirmou nesta quarta-feira que a organização vai reinstalar suas tropas na cidade de Goma, na República Democrática do Congo, para proteger os moradores das ameaças dos rebeldes do grupo M23. Segundo a rede BBC, o Exército conseguiu retomar duas outras cidades capturadas pelos combatentes.
Goma, que fica na fronteira com Ruanda, possui meio milhão de habitantes. Os rebeldes estão próximos à cidade, mas já se mostraram dispostos a negociar antes de tomá-la. Um relatório do Conselho de Segurança da ONU informou nesta semana que há "fortes evidências" de que Ruanda tem desempenhado um papel importante na manutenção dos conflitos armados na República Democrática do Congo.
O grupo rebelde M23, leal ao senhor da guerra Bosco Ntaganda - procurado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional -, foi fundado em abril. Seus membros desertaram do Exército depois que aumentou a pressão sobre o governo para prender Ntaganda, quando um de seus ex-colegas foi condenado pelo TPI por recrutar crianças-soldados.