quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Making off


A importância de Barack Obama


Barack Obama, 1º presidente negro dos Estados Unidos


Barack Hussein Obama Jr. é um político norte-americano, eleito presidente dos Estados Unidos em 2008, o primeiro negro a conquistar o comando do país. Sua carreira política teve inicio em 1997, quando, pelo partido Democrata, tornou-se Senador do Estado de Illinois, cargo que ocupou até 2004. Foi eleito para o Congresso dos EUA nesse mesmo ano, principalmente por ser contra a invasão do Iraque.
Nas prévias democratas, concorreu com a ex-primeira dama, e atual senadora Hillary Clinton. Percebendo a ascensão de Obama, Hillary desistiu da vaga de candidata à presidência e declarou apoio a Barack Obama.
Obama aposta na insatisfação da população com a política do atual presidente George W. Bush. Em seus discursos, fica clara sua preocupação com o sistema de saúde, se posiciona a favor do fim da guerra do Iraque e do uso de diplomacia para com o Irã, e é a favor do desarmamento nuclear.

Os quilombos de Salvador


QUILOMBO DO BURACO DO TATU (1744-1765)

Situava-se este quilombo nas proximidades de Salvador, a duas léguas e meia, "nas margens da atual estrada que liga Campinas a Santo Amaro de Ipitanga", sendo que o local onde existiu ainda se denomina "Buraco do Tatu". O quilombo teve início em 1744 e em 1760 possuía grande número de habitantes. Era bem protegido e defendido por "estrepes e armadias", colocadas nos matos que o circundavam, para dificultar a aproximação de elementos estranhos e das tropas das milícias da Capitania que os iam atacar. Os calhambolas do Buraco do Tatu, praticavam assaltos, roubavam fazendolas e sítios dos arredores; "à noite demonstrando grande coragem e ousadia, penetravam pelas ruas da cidade a prover-se de pólvora, chumbo e das mais bagatelas que precisavam para a sua defesa".
Considerando o quilombo do Buraco do Tatu de alta periculosidade, o governo interino da Bahia (formado pelo coronel Gonçalo Xavier de Brito Alvim, Chanceler José de Carvalho e Arcebispo Dom Frei Manuel de Santa Inês) ordenou sua imediata destruição, organizando para tal fim uma expedição com 200 pessoas, sob o comando do Capitão-Mor Joaquim da Costa Cardoso. O ataque realizou-se a 2 de setembro de 1763, sendo o quilombo arrasado, e vários rebeldes feitos prisioneiros.

QUILOMBOS DE "NOSSA SENHORA DOS MARES" E "CABULA"

Também localizados nos arredores de Salvador tiveram, como o do Buraco do Tatu, "grande importância e periculosidade", tendo o governador e capitão-general da Bahia, Conde da Ponte, cuidado imediatamente de destruí-lo, chamando à sua presença, em 29 de março de 1807, o Capitão-Mor das Entradas e Assaltos do Termo da Cidade do Salvador, Severino da Silva Lessa, a quem encarregou de cuidar da repressão aos aquilombados.
A 30 de março de 1807, o Sr. Severino Lessa "requereu 80 homens da Tropa de Linha" devidamente selecionados e municiados, com os quais "cercou várias casas e arraiais na distância de duas léguas desta cidade, ali aprisionando 78 pessoas" entre os quais se encontravam escravos, negros forros, e dois dos principais cabeças, posteriormente remetidos presos ao Arsenal.
Em carta remetida ao ministro da Marinha e Ultramar, em 7 de abril de 1807, o conde da Ponte ainda detalha: "houve alguma resistência e pequenos ferimentos", acrescentando que "os pretos achados nesses ajuntamentos, mandei-os para o Arsenal, empregá-los nas reais obras e as mulheres para as cadeias da Cidade". Diz ainda o Conde da Ponte que "os escravos fazem já muita diferença na obediência devida aos seus senhores".

QUILOMBO DO URUBU (1826)

Conta-nos José Alípio Goulart: "em 1826 formou-se um grande quilombo chamado URUBU, no sítio Cajazeiro, nas proximidades da Capital". Os documentos da época dizem que os quilombolas do URUBU "premeditavam apresentar uma revolução na Cidade". Para tanto começaram por realizar alguns ataques na região. No dia 15 de dezembro de 1826, "praticaram alguns ataques no Cabula contra lavradores, raptando uma menina que com sua família passava numa roça no dito sítio, e que dois dias depois foi encontrada muito maltratada e recolhida ao Hospital da Misericórdia.
Alguns capitães-do-mato, tomando conhecimento das ações perpetradas pelos rebeldes, resolveram destruí-los e entrando em luta com os quilombolas mataram dois e feriram um terceiro, "tendo esse combate se dado a 17 de dezembro".

O preço da Liberdade dóc.sobre África do Sul parte 5/5

O preço da Liberdade dóc.sobre África do Sul parte 4/5

O preço da Liberdade dóc.sobre África do Sul parte 3

Liberdade: O bairro negro de Salvador


Considerado por muitos o bairro com maior quantidade de negros de Salvador (Bahia), que por sua vez é a cidade com mais negros do Brasil, conclui-se que é o bairro com mais negros do Brasil. É o segundo mais populoso, superado apenas por Cajazeiras.

           Quando vencemos a guerra de Independência da Bahia, ali marcharam vitoriosas as tropas que haviam libertado o Estado do jugo colonial português - recebendo desde então o nome de Estrada da Liberdade - um sentimento, a maior data da história da Bahia, o nome deste bairro que, mais que tudo, respira Liberdade.

           É um bairro muito alegre, onde sempre há festas. Na Liberdade há também um plano inclinado. Da Liberdade surgiu o Associação Cultural Ilê Aiyê, bloco de carnaval que cultiva as raízes africanas e desenvolve um trabalho social que busca resgatar a auto-estima do povo negro, a partir de ações afirmativas.

          Localizado no alto do platô que divide a Cidade Baixa, onde está o cais do porto, da parte elevada (Cidade Alta), a Liberdade possui uma grande concentração populacional, em geral de baixa renda, mas nem por isso dotada de uma infra-estrutura própria, podendo ser considerada que tem uma vida comunitária própria, uma grande "cidade" dentro da Metrópole.

                                                   

Rosa Parks


Rosa Parks era uma mulher afro-americana nascida em Tuskegee, Alabama, em 1913.  Ela era costureira e trabalhava como secretária para a seção local da NAACP. Ela é mais conhecida por sua posição contra a segregação racial nos ônibus públicos em Montgomery, Alabama. Rosa se ​​recusou a ceder seu assento a um homem branco e foi preso, acusado e condenado por desobediência civil. Rosa passou a maior parte de sua vida lutando pela desagregação, direitos de voto, e participou ativamente do movimento dos direitos civis formou código social “tque” nos Estados Unidos. Não importa o que ela viveu na cidade, encontrou uma maneira de estar envolvida na comunidade e sempre parecia ser uma forma de expressar seus pensamentos e sentimentos sobre as desigualdades na sociedade. Rosa tinha um talento especial para fazer isso efetivamente, mas em silêncio e foi conhecida por seu dizer, "fazer a coisa certa."
No espaço de seus 92 anos, Rosa tem sido ativamente procurada pelos líderes mais influentes da história negra norte-americana. Ela já tocou com inúmeros prêmios por sua contribuição na criação de uma mudança positiva em um momento em que a desigualdade social era comum.

                                          

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Fontes:


  • http://exame.abril.com.br/economia/mundo/noticias/lideres-de-sudao-do-sul-e-sudao-negociam-fronteira-e-petroleo
  • http://www.infoescola.com/educacao/cotas-em-universidades-federais/

O preço da liberdade documentário sobre África do Sul - parte 1

O preço da Liberdade documentário sobre África do Sul - parte 2

Pontos turísticos e culturais da África


 Na Cidade do Cabo temos:
* Castelo da Boa Esperança
* Table Montain
* Jardins da Companhia
* Districto Six Museum
* Waterfront
* Robben Island
* Greenmarket Square
* Jardim Botânico
* Bo-Kaap
* Cabo Boa Esperança.

Cabo Boa Esperança


Em Joanesburgo:
* Museu Hector Pieterson
* Zoológico de Joanesburgo
* Galeria de Arte de Johanesburgo
* Museu da África
* Market Theatre
* Sítio Arqueológico de Sterkfontein



Egito:
* Pirâmides
* Museu Egípcio
* As pirâmides e complexo de templos de Saqqara e Dashur
* Templos de Luxor através do Nilo
* Vale dos Reis
* Kuwait, com vários pontos históricos.
* Templos de Abu Simbel.

Pirâmides Egipcias 


Angelina Jolie visita refugiados

Economia do Recôncavo Baiano Durante a Colonização.


  A economia da Bahia colonial sempre foi voltada para o mercado externo, realizando as exigências de Portugal e de todo o comércio europeu. O país produziu e consumiu somente o que interessava ao comércio externo, funcionando como produtor de matéria-prima e consumidor de produtos manufaturados.
  A base da economia foi, sem dúvida, o trabalho escravo que sustentou todos os ciclos econômicos até o século XIX, enriquecendo cada vez mais os senhores brancos. Além de ser mão-de-obra sem custo, o escravo era importante mercadoria humana e dava grandes lucros aos traficantes portugueses, que venderam nos séculos XVI, XVII e XVIII dois milhões de escravos negros no Brasil.
  A atividade econômica mais importante no Recôncavo foi o plantio da cana-de-açúcar e a sua transformação. Tal atividade era realizada nos engenhos e envolvia os dois principais grupos da sociedade baiana da época, sendo estes os donos de engenho e os escravos. Os senhores de engenho lucravam muito, e os portugueses lucravam ainda mais, já que compravam o açúcar produzido na Bahia para depois revender a outros países da Europa, onde ele era muito valorizado.
  Entre 1550 e 1650, o Brasil foi considerado o maior produtor de açúcar do mundo. A economia açucareira também estimulou outras atividades, como a pecuária (o gado além de ser usado como força de tração para o transporte e moagem de cana, também era comercializado para a produção de couro e carne seca no mercado interno). Estimulou também a lavoura do tabaco, e a produção do algodão, que apesar de não ter a mesma importância que a cana-de-açúcar teve também o seu lugar garantido na economia baiana.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Egito


  O Egito é um dos países mais populosos da África (81.121,07), este Estado vem sofrendo mudanças radicais no campo político.
  Com uma área de cerca de 1 001 450 km², o Egito limita a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo.
  O Egito é muito famoso por uma civilização antiga, na qual abrange uma rica cultura histórica. Os vestígios de ocupação humana no vale do Nilo desde o paleolítico assumem a forma de artefatos e petróglifos em formações rochosas ao longo do rio e nos oásis. Já num passado não tão distante, em 1869 o Egito se tornou centro mundial de transporte e comércio pela abertura do canal de Suez, mas fez com que contraísse uma dívida com potências europeias, e em 1882 o Reino Unido tomou o controle do governo egipcio.
  Em 1924 o Egito obteve um reino parlamentarista, em que o voto popular escolhia o primeiro ministro, porém em 1953 foi proclamada a república, e em 1956 foi ‘decretada’ a indepêndencia total do Reino Unido. Desde este passado o país já passava pór ‘crises’ envolvendo a política.


  O presidente egípcio Nasser recebe pela primeira vez uma delegação da Fatah em 1969.
A República do Egito foi proclamada em 18 de Junho de 1953, presidida pelo General Muhammad Naguib.





  No ano de 2011, houve uma série de conflitos no campo político:
“Em 25 de janeiro de 2011, protestos contra o regime de Hosni Mubarak começaram em todo o país. O objetivo dos levantes populares eram a remoção de Mubarak do poder. Tais eventos tomaram a forma de uma intensa campanha de resistência civil apoiada por um número muito grande de pessoas e, principalmente, que consistia em demonstrações de massa contínuas. Em 29 de janeiro de 2011 ficou claro que o regime de Mubarak tinha perdido o controle da população quando uma ordem de recolher obrigatória foi ignorada e o exército tomou uma posição semi-neutra em relação ao decreto do toque de recolher. Alguns manifestantes, uma pequena minoria no Cairo, expressaram pontos de vista nacionalistas contra o que foi considerado interferência estrangeira, com destaque para o ponto de vista relativamente neutro do governo dos Estados Unidos, assim como ligações entre o regime de Mubarak com Israel.
  Em 11 de fevereiro de 2011, Mubarak renunciou e fugiu do Cairo. O vice-presidente Omar Suleiman anunciou que Mubarak renunciou e que os militares egípcios assumiriam o controle dos assuntos do país no curto prazo. Enormes celebrações populares eclodiram na Praça Tahrir com a notícia da renúncia.
  Em 13 de fevereiro de 2011, o comando militar de alto nível do Egito anunciou que tanto a constituição quanto o parlamento do Egito haviam sido dissolvidos. Desde então, eleições parlamentares foram marcadas para serem realizadas em novembro e um referendo constitucional foi realizado em 19 de março de 2011.” Segundo o site Wikipédia.



Nelson Mandela e o Apartheid‏


  O apartheid foi um dos regimes de discriminação racial mais cruéis de que se tem notícia no mundo. Ele vigorou na África do Sul, em que na Constituição africana consistia o claro  poder que os brancos exerciam sobre os negros, mesmo que esses fossem a maioria da população.
  O apartheid, que quer dizer separação na língua africana dos imigrantes europeus, atingia a habitação, o emprego, a educação e os serviços públicos, pois os negros não podiam ser proprietários de terras, não tinham direito de participação na política e eram obrigados a viver em zonas residenciais separadas das dos brancos. Os casamentos e relações sexuais entre pessoas de raças diferentes eram ilegais. Os negros geralmente trabalhavam nas minas, comandados por capatazes brancos e viviam em guetos miseráveis e superpovoados.
  Para lutar contra essas injustiças, os negros acionaram o Congresso Nacional Africano - CNA, uma organização negra clandestina, que tinha como líder Nelson Mandela. Após o massacre de Sharpeville, o CNA optou pela luta armada contra o governo branco, o que fez com que Nelson Mandela fosse preso em 1962 e condenado à prisão perpétua. A partir daí, o apartheid tornou-se ainda mais forte e violento, chegando ao ponto de definir territórios tribais chamados bantustões, onde os negros eram distribuídos em grupos étnicos e ficavam confinados nessas regiões.
  A partir de 1975, com o fim do império português na África, lentamente começaram os avanços para acabar com o apartheid. A comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas - ONU faziam pressão pelo fim da segregação racial. Em 1991, o então presidente Frederick de Klerk não teve outra saída: condenou oficialmente o apartheid e libertou líderes políticos, entre eles Nelson Mandela.
  A partir daí, outras conquistas foram obtidas: o Congresso Nacional Africano foi legalizado, De Klerk e Mandela receberam o Prêmio Nobel da Paz (1993), uma nova Constituição não-racial passou a vigorar, os negros adquiriram direito ao voto e em 1994 foram realizadas as primeiras eleições multirraciais na África do Sul e Nelson Mandela se tornou presidente da África do Sul, com o desafio de transformar o país numa nação mais humana e com melhores condições de vida para a maioria da população.

Dia 03 Agosto, dia do Capoeirista




  No dia 03 de Agosto comemoramos o dia do capoeirista, essa luta começou logo quando os africanos perceberam que deveriam encontrar forma de se proteger contra as violentas praticadas pelos colonizadores brasileiros. Os africanos eram proibidos de praticar qualquer tipo de luta por isso eles adaptaram a luta com o ritmo e instrumentos assim nasciam a capoeira, uma luta disfarçada de dança. 

Mão de obra escrava no Recôncavo Baiano


A mão-de-obra escrava foi empregada em atividades que exigiam trabalho qualificado, tais como conserto de barris, tinas (tanoeiros), atividades de preparação do açúcar, atividades de ferreiros, etc. Os primeiros africanos chegaram nos engenhos do Recôncavo Baiano, uma das regiões pioneiras no estabelecimento da economia açucareira.
O trabalho do negro substituiu o do indígena por várias razões, uma dessas razões, por exemplo, foi por ser a mão-de-obra negra mais qualificada do que a indígena. Outra forte razão foram os altos lucros que o tráfico de escravos africanos rendia para os comerciantes. O tráfico era, sem dúvida, uma das atividades mais lucrativas do sistema colonial.
A partir da segunda metade do século XVI, os africanos foram pouco a pouco substituindo os índios, também nos partidos de cana. As razões que explicam essa substituição foram: declínio da população nativa, sua inexperiência e resistência ao trabalho contínuo na lavoura, o interesse português no tráfico de escravos africanos, tendo em vista a sua lucratividade.
No Brasil, o trabalho escravo predominou em quase todos os setores econômicos. Além do setor da produção de açúcar, foi empregado também na agricultura de abastecimento interno, na criação de gado, nas pequenas manufaturas, no trabalho doméstico, em toda ordem de ocupações urbanas.
Nas cidades, eram os escravos que se encarregavam do transporte de objetos, dejetos e pessoas, além de serem responsáveis por uma considerável parcela da distribuição do alimento que abastecia pequenos e grandes centros urbanos. Escravos vendedores ambulantes e quitandeiros, sobretudo mulheres, povoavam as ruas de Recife, Salvador, Ouro Preto, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e outras cidades. 

Formação dos Quilombos


Foi ao longo dos séculos XVIII e XIX que se formou a maior parte dos quilombos no atual Estado do Pará. Ao fugir para esses aldeamentos, conhecidos também por mocambos, o escravo conquistava a garantia de autonomia e de liberdade de ação e de movimento.
      A fuga para os mocambos representava, no início, uma solução difícil e arriscada. O escravo aventurava-se sozinho, indo abrigar-se, muitas vezes, em aldeias indígenas.Com o tempo, aprenderam a se organizar. A fuga passou a ser uma estratégia coletiva de resistência ao regime escravista. Surgiram personagens como os acoitadores, que se encarregavam de dirigir os grupos de fugitivos para os quilombos e se tornaram os principais inimigos dos proprietários de escravos.
Organizada a fuga, os quilombos cresceram rapidamente, pois eram o principal foco de atração dos negros que escapavam das cidades e das fazendas. A fuga de escravos tornou-se um processo contínuo e rotineiro a partir da segunda metade do século XVIII e início do XIX, quando também aumentaram as notícias sobre os quilombos na imprensa local.
A desestabilização político-econômica ajudou nesse processo. A decadência dos engenhos de cana-de-açúcar, por exemplo, facilitou a fuga dos escravos. Além disso, após a independência do Brasil, as crises políticas em Belém, capital da província, possibilitaram a fuga em massa dos escravos que viviam na área urbana.Os mocambos passaram a ser tão numerosos que, não raro, a imprensa alegava que havia mais negros morando em quilombos do que em cativeiros.

Zumbi dos Palmares



  Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
  Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.
  No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após uma batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

  Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.
  O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. 

Dia Internacional Nelson Mandela - Um dia, grandes ações (18 de Julho)


                          “Bravo não é quem sente medo, é quem o vence.”                                                       
(Nelson Mandela)

Dedicando cerca de 67 anos de sua vida para mudar o destino do povo Sul Africano, Nelson Mandela (94)  não mediu esforços nem sacrifícios para lutar pelos direitos que acreditava e pregava, nem que para isso tivesse que ser preso abdicando desta forma de sua liberdade por uma causa maior. Foi pensando neste grande homem que a ONU definiu a data de seu nascimento (18 de Julho) como o Dia Internacional Nelson Mandela onde cada cidadão utiliza 
cerca de 67 minutos de seu tempo para prestação de serviços comunitários.

Steve Biko


"A arma mais poderosa nas mãos do opressor é a mente dos oprimidos."
Stephen Bantu Biko (1946-1977)




  Na década de 60, a África do Sul estava em pleno Apartheid, o vergonhoso regime de segregação racial comandado pelo governo, então nas mãos de uma minoria branca. O estudante se chamava Stephen Bantu Biko, vulgo Steve.
  Na faculdade começou a atuar na União Nacional dos Estudantes Sul-africanos. Só que o grupo também era dominado por minoria branca, e os direitos dos estudantes negros não eram tão defendidos na prática.
  Chegam 1972, e Biko torna-se co-fundador da Black People’s Convention (a BPC – “Convenção dos Negros”, em tradução livre), entidade que trabalhava em projetos de desenvolvimento social nos arredores de Durban e acabou por reunir 70 diferentes grupos de consciência negra. Foi eleito o primeiro presidente da organização.
 Mas o governo segregador já o via com maus olhos. Tão logo foi eleito líder da BPC, foi expulso da universidade. Começou a trabalhar em tempo integral em sua missão social.
Biko chamava mais atenção por sua batalha diária. Suas palavras soavam cada vez mais alto, incitando a população negra a lutar por seus direitos, cada vez menos respeitada pelas autoridades segregacionistas. O governo apertava seu controle “antiterrorismo”, e o “inconveniente” Biko chegou a ser preso quatro vezes entre 1975 e 1977.
  De tanto apanhar, especialmente com golpes na cabeça, o revolucionário ex-estudante de medicina começou a demonstrar um comportamento apático, “não-cooperativo”, segundo os dirigentes do cárcere.
  Jogado nu e sem qualquer proteção na traseira de um Land Rover, Biko foi levado numa viagem de 1,2 mil quilômetros rumo a Pretória, aos solavancos. No dia seguinte, chegava ao Presídio Central da cidade, jogado no chão de uma cela fria do jeito que estava despido e quase inconsciente.
“O homem está morto”
  A comunidade negra sul-africana entrou em polvorosa. O funeral do ativista atraiu às ruas centenas de milhares de sul-africanos, num protesto que entrou para a vergonhosa história mundial da segregação racial.
  A morte de Biko agitou o planeta, e logo ele foi alçado a mártir, inspirando outros a lutar pela igualdade dos direitos entre negros e brancos.


Revolta dos Malês


A Revolta Dos Malês aconteceu em Salvador nas datas de 25 a 27 de Janeiro no ano de 1835. Os principais participantes da revolta foram negros islâmicos, livres conhecidos como escravos de ganho, mesmo não sendo escravos eles, sofriam discriminação por seguiram a religião islâmica.
Em torno de 1500 pessoas insatisfeitas com a discriminação, a imposição na religião católica, eles pensaram em invadir engenhos, libertar escravos, o plano foi todo escrito em árabe.


Mas infelizmente uma mulher contou para o juiz de paz de Salvador dando tempo das tropas portuguesas se organizarem e sufocar a revolta, os líderes da revolta foram condenados a pena de morte e outros foram açoitados e enviados de volta para África.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O preço da liberdade


                        Um documentário sobre a África do Sul

Cotas Raciais


Cotas raciais é a reserva de vagas numa instituição (seja ela pública ou privada), geralmente destinadas à população afro-descendente ou indígena. No Brasil, essas cotas são aplicadas em concursos e vestibulares, porém nem todas as universidades aderiram à esse método.
Há quem defenda e quem reprove as cotas. Aqueles que defendem, argumentam que no nosso país, negros não têm as mesmas oportunidades que brancos, por isso cotas facilitarão a valorização dos pensamentos dessas pessoas. Já os que reprovam, alegam que aumenta o racismo, já que há uma necessidade de “proteção” aos negros.
Portanto, cotas raciais ainda é um assunto polêmico na nossa sociedade. Contundo, é necessário analisarmos que negros ainda sofrem preconceito devido toda nossa história de escravatura e “utilização” dos mesmos.

Seminário Internacional de Literatura Afrolatina


                                                    


Seminário Internacional de Literatura Afrolatina – têm por objetivo promover o debate em torno da reflexão sobre a produção, crítica e circulação das poéticas e da cultura afrolatinas. A intenção é criar espaço para a interlocução entre pesquisadores, jovens, pesquisadores, professores, artistas de diferentes áreas que tenham por objetivo a cultura produzida na Diáspora. O SILIAFRO, a realizar-se nos dias 24, 25, 26 e 27 de outubro de 2012 contará com a participação de alguns dos maiores nomes da área no Brasil e no exterior em conferências, mesas-redondas e comunicações orais. O evento será bienal e é fruto de parceria com a UNEB – Universidade Estadual da Bahia, além de contar com a importante participação de pesquisadores da UFNR.

Atualidades


Líderes de Sudão do Sul e Sudão negociam fronteira e petróleo

Os dois se reuniram por mais de uma hora no hotel, primeiro com assessores e então para uma sessão de conversas privada.


      Addis Ababa - Os presidentes do Sudão e do Sudão do Sul tiveram no sábado sua primeira reunião desde que os seus países quase foram à guerra em abril, dando esperanças de um acordo negociado sobre petróleo e disputas fronteiriças antes do prazo de 2 de agosto estipulado pelo Conselho de Segurança da ONU.
      O encontro cara a cara entre Omar Hassan al-Bashir e seu colega do sul, Salva Kiir, no hotel Sheraton na capital etíope de Addis Ababa, seguiu-se a uma sessão da União Africana na qual ambos se comprometeram com negociações pacíficas sobre o conflito.
      Os dois se reuniram por mais de uma hora no hotel, primeiro com assessores e então para uma sessão de conversas privada.
      "“Os dois presidentes concordaram e instruíram suas equipes a apressarem as negociações e desenvolverem decisões ousadas em áreas chave, assim como alcançar acordos em todas as questões", disse o negociador-chefe de Kiir, Pagan Amum, a jornalistas.
     Os países, que formavam a maior nação da África subsaariana antes de o Sudão do Sul obter a independência no ano passado, enfrentam a ameaça de sanções do Conselho de Segurança da ONU a menos que resolvam pacificamente as disputas de fronteira, petróleo e outras antes do prazo de 2 de agosto.          

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Curiosidades – Africa



O continente africano ocupa o segundo lugar em extensão no planeta Terra e que é o mais quente, tendo desertos abrasadores, densas florestas tropicais e extensas savanas cheias de vida.
Com culturas muito variadas, os habitantes vivem na sua maioria no campo, sendo cada vez mais os que vão para as cidades em busca de trabalho.
Este continente está ligado à Ásia e só um estreito o separa da Europa, o estreito de Gibraltar.
O Sara é o maior deserto do planeta e cobre quase um terço do continente africano onde se encontram as dunas mais altas do mundo.
Os diamantes amis valiosos provêm das minas de África do Sul, encontram-se enterrados em grande profundidade no subsolo.
O maior rio do mundo é o Nilo, com 6650 quilômetros de comprimento. Nasce simultaneamente em Uganda e na Tanzânia, atravessa Sudão e Egito e desemboca no Mar Mediterrâneo. Banha uma área total de 3 milhões 349 mil quilômetros quadrados, ou seja, uma décima parte da superfície total do continente africano.

Esperança africana supera os problemas da realidade


Africanos se dizem melhores hoje do que cinco anos atrás.
A pesquisa, feita em dez países, diz que eles estão otimistas com relação ao futuro.

Apesar da somatória de problemas englobando desde doenças fatais como AIDS e malária, até políticos corruptos e pobreza crônica, um grande número de africanos afirma que estão melhores hoje do que cinco anos atrás e estão otimistas com relação ao próprio futuro e ao das próximas gerações, segundo uma pesquisa realizada pelo “New York Times” e pelo Pew Global Attitudes Project em dez países subsaarianos.


Christoph Bangert/The New York Times
Fiscais eleitorais após votação fraudada na Nigéria (Foto: Christoph Bangert/The New York Times)
Os resultados apresentam um panorama atípico e complexo de um continente em transição – um retrato de dez países africanos modernos tirado no momento em que lutam para constituir governos responsáveis, administrar conflitos violentos e transformar recursos naturais em riqueza para a população. 

A pesquisa identificou que, na maior parte, os africanos estão satisfeitos com os governos nacionais e a maioria dos entrevistados em sete dos dez países declarou que a situação econômica está boa pelo menos em alguns aspectos. Contudo, muitos afirmaram que enfrentam uma série de problemas complexos que às vezes ameaçam a vida, desde tráfico de drogas, passando por corrupção política, carência de saneamento básico, escolas inadequadas para as crianças, violência étnica e política, até doenças fatais. 

As entrevistas feitas pessoalmente foram realizadas em abril e maio com 8.471 adultos em Gana, Etiópia, Costa do Marfim, Quênia, Mali, Nigéria, Senegal, África do Sul, Tanzânia e Uganda. A amostra da pesquisa incluiu populações adultas de todas as regiões desses países, com exceção da África do Sul, onde se concentrou na zona urbana, e da Costa do Marfim, onde foi desproporcionalmente urbana e procurou se manter em áreas simpatizantes ao governo. A margem de erro da pesquisa foi de três ou quatro pontos percentuais para mais ou para menos. 
Batalha pela democracia 
Os resultados demonstraram que a batalha pela democracia e por bons governos na África é mais uma miscelânea de ganhos e retrocessos do que uma onda constante de progresso em um continente vitimado por alguns dos piores casos de desgoverno. Embora todos os países participantes da pesquisa sejam, em tese, democracias, metade dessas nações sofreu sérios golpes de movimentos multipartidários nos últimos anos. A maioria em todos os países declarou que líderes políticos corruptos são um grave problema. 
As últimas eleições na Etiópia e em Uganda foram frustradas pela violência e pela exclusão de candidatos de peso, e não conseguiram cumprir os padrões internacionais de idoneidade. Representaram um atraso considerável para ambos os países que há uma década eram tidos como símbolos proeminentes do futuro democrático da África. 

Problemas eleitorais atingiram até o Senegal, visto com freqüência como um ícone de esperança da instável região do ocidente africano porque jamais havia sofrido um golpe e possui uma longa tradição democrática. Neste ano, os partidos de oposição boicotaram as eleições legislativas no país alegando fraude eleitoral. 

Na Nigéria, país mais populoso e principal produtor de petróleo da África, os resultados da pesquisa refletem a decepção com o modo como as eleições são realizadas – 67% dos nigerianos afirmaram que a próxima eleição presidencial será marcada pela desonestidade. As eleições presidencial e local de abril foram de tal modo prejudicadas por fraudes e violência que a União Européia as considerou invalidadas. Perguntados se estavam, em geral, satisfeitos ou insatisfeitos com o andamento das coisas em seus países, 87% dos entrevistados pela pesquisa afirmaram que estão insatisfeitos. Os nigerianos, porém, revelaram-se os mais otimistas de todos os povos pesquisados – 69% disseram que esperam que as crianças de hoje na Nigéria terão uma vida melhor do que a da população atual. 

"Isso denota um enorme desafio para a democracia na África", declarou Peter M. Lewis, diretor de estudos africanos na Universidade Johns Hopkins e um dos criadores do Afrobarômetro, uma pesquisa de opinião pública sobre o pensamento africano. "Testemunhamos um progresso significativo nas práticas e liberdades democráticas nos últimos 10 ou 15 anos. Sabemos também que na maioria desses países, o cidadão comum não teve uma melhora significativa em suas condições materiais e de vida". 
Economia heterogênea 
Os dados econômicos da pesquisa apresentam um quadro heterogêneo. Grande parte dos entrevistados disse que a situação financeira havia melhorado nos últimos cinco anos, com exceção da Costa do Marfim, Tanzânia e Uganda. Muitas economias africanas crescem rapidamente com a alta nos preços de petróleo, minério de ferro, cobre e madeira registrada nos últimos anos – o crescimento total do produto interno bruto na África no ano passado foi de 5,7%, e alguns países, como a Nigéria, maior produtor de petróleo do continente, teve um crescimento muito mais elevado. 

Entretanto, a maior riqueza de recursos não os conduziu necessariamente a uma ampla prosperidade. Dos entrevistados na Nigéria, 82% disseram que a população média não se beneficia da abundância de petróleo do país. 

A fome, aparentemente, foi considerada menos grave – a maioria dos entrevistados em todos os países exceto Uganda, Quênia e Tanzânia declarou que tem dinheiro suficiente para comprar a comida necessária para a família. 

Maiorias expressivas disseram que escolas de má qualidade são um grave problema e muitos entrevistados afirmaram que é mais difícil oferecer educação para os filhos do que comida. A pesquisa também avaliou o posicionamento africano em relação aos Estados Unidos e identificou que, no geral, oito dos dez países pesquisados disseram que vêem o país como um aliado confiável. Demonstraram menos do sentimento de anti-americanismo que dominou as pesquisas de opinião pública nos últimos anos, mas alguns países deixaram clara a visão negativa em relação à cultura norte-americana. 82% na Tanzânia, dois terços no Senegal e cerca de metade dos entrevistados em Gana, Mali e Quênia se incluem neste último bloco. 


Africanos enriqueceram a cozinha brasileira



Não há nada mais gostoso que a comida do Brasil! Pode parecer exagero, mas a alimentação brasileira tem uma riqueza incrível, pois sua origem é uma mistura das tradições indígenas, européias e africanas.

Os índios se alimentavam da mandioca, das frutas, dos peixes e das carnes de caça. Com a chegada dos colonizadores portugueses, o pão, o queijo, o arroz, os doces e os vinhos foram se incorporando à nossa alimentação.

Mas uma das contribuições mais importantes aos nossos hábitos alimentares, durante todo o período de colonização, foi aquela que veio da África, trazida pelos escravos. Se os comerciantes de escravos traziam os ingredientes (especiarias), os escravos traziam na memória os usos e os gostos de sua terra. Era aí que estava o segredo.

Os escravos não tinham uma alimentação farta. Comiam os restos que os seus senhores lhes destinavam. Os ingredientes nobres, o preparo requintado e as maneiras européias à mesa aconteciam na casa grande. Enquanto isso, a cozinha negra se desenvolvia na senzala, em tachos de ferro.

Azeite de dendê
Alguns escravos conseguiam criar algum animal ou cultivar uma pequena horta. Talvez por isso, o tempero e o uso de uma grande variedade de pimentas deu um sabor especial aos seus pratos. O azeite de dendê também foi um dos ingredientes mais importantes da culinária negra. O dendezeiro é uma palmeira de origem africana, e de sua polpa se extrai o azeite que dá a cor, o sabor e o aroma de tantas receitas deliciosas como o caruru, o vatapá e o acarajé.

O uso de pimentas, que já era antigo nas terras da América, se espalhou pelo Brasil no século 18. Uma outra tradição, a de vender comida nas ruas, em grandes tabuleiros, se estabeleceu na mesma época na cidade de Salvador, na Bahia. Esses tabuleiros traziam de tudo. Um cronista daquele tempo relatou ter visto, num mesmo tabuleiro, mais de vinte qualidades diferentes de comidas salgadas e doces. Entre essas iguarias estava, além do acarajé, do vatapá e do abará, angu, mingau, pamonha e canjica.

O acarajé se tornou tão importante que foi transformado em patrimônio nacional. É uma referência tão importante para nossa cultura, que é reconhecido e protegido pelo patrimônio histórico. Ele é especialmente típico da cidade de Salvador, na Bahia, que é considerada a capital da cozinha afro-brasileira.

O fator religioso
Um outro fator que ajudou a difundir a comida de origem negra foi a religião africana - o candomblé. O candomblé tem uma relação muito especial com a comida. Os devotos servem para os santos comida que pertencem à tradição africana. Como as comunidades negras se espalharam pelo Brasil, a culinária que veio da África se espalhou por todo o país.

Hoje em dia, os pratos e os temperos da cozinha negra fazem parte da nossa alimentação. São saboreados no dia-a-dia e também nas festas populares. Os caldos, extraídos dos alimentos assados, misturados com farinha de mandioca (o pirão) ou com farinha de milho (o angu), são uma herança dos africanos. Podemos lembrar que da África também vieram ingredientes tão importantes como o coco e o café.

Feijoada
Para terminar, não se pode deixar de mencionar um dos pratos favoritos do país: a feijoada, que também teria se originado nas senzalas. Enquanto as melhores carnes iam para a mesa dos senhores, os escravos ficavam com as sobras: pés e orelhas de porco, lingüiça, carne-seca etc., eram misturados com feijão preto ou mulatinho e cozidos num grande caldeirão. Há quem discorde, atribuindo os pratos brasileiros a base de feijão à influência europeia.

De qualquer forma, a feijoada é autenticamente nacional. Segundo registra o folclorista Câmara Cascudo, as receitas são incontáveis e, com elas, variam tanto as carnes quanto as verduras usadas. A feijoada chegou a servir de inspiração para escritores como Pedro Nava, em um de seus livros de memórias, e para o compositor Chico Buarque de Holanda, que tem uma canção intitulada "Feijoada Completa".


Notícia sobre República Democrática do Congo


 ONU ''protegerá'' a cidade de Goma do grupo rebelde M23
  O Exército conseguiu retomar 2 outras cidades capturadas por combatentes



Congoleses deixam aldeia de Kabindi, na República Democrática do Congo, território de Rutshuru. Combates entre o exército congolês e os rebeldes forçou outra onda de pessoas a deixarem suas casas (Phil Moore/AFP)
O enviado das Nações Unidas Roger Meece afirmou nesta quarta-feira que a organização vai reinstalar suas tropas na cidade de Goma, na República Democrática do Congo, para proteger os moradores das ameaças dos rebeldes do grupo M23. Segundo a rede BBC, o Exército conseguiu retomar duas outras cidades capturadas pelos combatentes.
Goma, que fica na fronteira com Ruanda, possui meio milhão de habitantes. Os rebeldes estão próximos à cidade, mas já se mostraram dispostos a negociar antes de tomá-la. Um relatório do Conselho de Segurança da ONU informou nesta semana que há "fortes evidências" de que Ruanda tem desempenhado um papel importante na manutenção dos conflitos armados na República Democrática do Congo.
O grupo rebelde M23, leal ao senhor da guerra Bosco Ntaganda - procurado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional -, foi fundado em abril. Seus membros desertaram do Exército depois que aumentou a pressão sobre o governo para prender Ntaganda, quando um de seus ex-colegas foi condenado pelo TPI por recrutar crianças-soldados.