It's time for Africa: junho 2012

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Nascido na cidade de Hamburgo, na Alemanha, em 19 de abril de 1915, Karl Heinz Hansen era filho de Carl Hansen e de Hertha Hansen Neverman. Estudou arte na Alemanha e na Suécia, além de fazer literatura e cinema. Antes de seguir carreira de artista, foi pintor de paredes, vendedor de sorvetes e marinheiro, sendo esta última ocupação a que mais marcou sua vida. As atividades como artista plástico foram iniciadas quando ele tinha 30 anos, após a Segunda Guerra Mundial, quando deixou de ser marinheiro das tropas militares lideradas por Hittler.

Chegou ao Brasil em 1950 junto com sua primeira exposição no País. Trabalhou por quatro anos na Editora Melhoramentos, em São Paulo. Em 1955 foi convidado para fazer uma exposição na Galeria Oxumaré, em Salvador. Naturalizou-se brasileiro e adotou o nome de Hansen Bahia.

Por meio da técnica da xilogravura, Hansen representa todos os elementos: o espaço, a cor e o próprio tema. Em 1975 Hansen e sua esposa Ilse conhecem Cachoeira e São Félix, onde o artista percebe que a paisagem das cidades lembrava Hamburgo. Comprou então a Fazenda Santa Bárbara, localizada em São Félix e que possui uma visão privilegiada de Cachoeira. Na fazenda, construiu seu ateliê e viveu com sua esposa.

Após sua morte, em 14 de junho de 1978, foi doada a Fazenda Santa Bárbara afundação Hansen Bahia que em 2002 foi reinaugurada como a sede do Museu Hansen Bahia na Fazenda Santa Bárbara, em São Félix. Com isso, além de visitar o Museu em Cachoeira e conhecer as obras do artista, o público ainda pode conhecer a residência do casal e o ateliê do artista.

Vida selvagem

A África é bastante conhecida pela sua vida selvagem nas savanas e florestas equatoriais. Existem cerca de 45 espécies de primatas, incluindo os chimpanzés e gorilas.

São mais de 60 espécies de predadores carnívoros como os leões, chitas, leopardos, hienas, cães selvagens, raposas entre outros. Esses animais são essenciais para a manutenção do equilíbrio ecológico das áreas em que habitam. Muitas espécies de herbívoros, aves, peixes, répteis e vários outros animais compõem o rico ecossistema africano.

Há uns anos atrás o homem fez reduzir consideravelmente a população de animais na África fazendo com que muitas espécies entrassem em extinção. Nos últimos anos vem crescendo os esforços de proteção aos animais africanos e aumentado o policiamento de reservas demarcadas.

Fábrica de Charutos

A cidade de São Félix é conhecida por sua tradição religiosa e por ser uma das cidades mais antigas da Bahia juntamente com a cidade de Cachoeira. Além de ter sido destaque nas lutas de mobilização social a favor da Independência Baiana, São Félix também é influenciada pelo desenvolvimento da indústria fumageira entre elas estão a Suerdieck e o Dannemann, fundada na segunda metade do século XIX pelo alemão Gerhard Dannemann, que ainda está em pleno funcionamento.

A mais antiga fábrica de charutos da Bahia mantém em São Félix o Centro Cultural Dannemann, que tem como objetivo promover, palestras, exposições dos mais variados tipos (pinturas, esculturas) a produção artesanal de charutos e a cada dois anos a Bienal de Artes Plásticas do Recôncavo.

Mãe Menininha

Maria Escolástica da Conceição Nazaré, conhecida como Mãe Menininha do Gantois nasceu em Salvador, Bahia, no dia 10 de fevereiro de 1894. Ela era descendente de escravos africanos e quando criança foi escolhida para ser mãe-de-santo (Iyálorixá) de um terreiro fundado pela sua bisavó. O Candomblé sempre esteve presente em seus sonhos.
Menininha completou o curso primário e tratou de aprender um ofício. Escolheu ser costureira e logo arranjou um emprego num ateliê de Salvador.

Foi iniciada ao culto pela sua madrinha, Iyá Kekerê (Mãe pequena). Menininha seria sua sucessora na função de Ialorixá do Gantois. Com a morte de Kekerê, a sucessão foi acelerada, pois Gantois não poderia ficar sem um dirigente.

Então, em 1924, prestes a completar 30 anos, Mãe Menininha mudou-se para o Gantois junto com o marido e a filha. Abandonou seu trabalho como costureira e assumiu a liderança do terreiro fundado por sua família, passando a ser conhecida como Mãe Menininha do Gantois.

Luiz Gonzaga

Quem é:

Luiz Gonzaga foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o Rei do Baião. Ele foi uma das mais importantes figuras da música popular brasileira.

Sua história:

Luiz Gonzaga nasceu em Pernambuco em 1912. Desde pequeno, gostava da sanfona e sempre pegava a de seu pai para tocar. No ano de 1930 foi servir ao exército e 9 anos depois, quando saiu, foi morar no Rio de Janeiro com sua primeira sanfona. Tocava em festas na Lapa e em bares pequenos na cidade, e até em ruas chegou a tocar para conseguir se sustentar. Seu talento foi florescendo e não demorou para que ele aparecesse em rádios e que as parcerias começarem a surgir.

Sucessos:

• Asa-branca, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1947)

• Baião, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga (1946)

• Xote dos cabeludos, José Clementino e Luiz Gonzaga (1967)

Sudão e Sudão do Sul

O Sudão é o maior país da África, localizado no centro-oeste do continente. Recentemente, mais precisamente em 9 de Julho de 2011 foi criado o Sudão do Sul, o novo país do mundo, derivado de uma guerra que durou 50 anos. Além dessa longa guerra, o Sudão (tanto o do Sul quanto o do Norte) enfrenta muitos outros problemas. Um deles é a fome: o Sudão é um dos países mais pobres do mundo e os cristãos são os que se encontram em pior situação entre a população sudanesa. Quase 2,4 milhões de sudaneses estão ameaçados pela fome causada pela seca e pela guerra civil que terminou em 2005. Outro problema é a perseguição religiosa, que assombra milhares de cristãos. Apesar da perseguição islâmica, o país é o lar de milhões de cristãos, estimados em quase 20% da população. Eles se concentram principalmente na região sul, onde se acredita que 80% dos habitantes pratiquem o cristianismo.

Riqueza histórica

Etnia

A África é o lar de muitas tribos, grupos étnicos e sociais.Algumas representam populações muito grandesconsistindo de milhões de pessoas, outras são grupos menoresde poucos milhares. Alguns países possuem mais de 20 diferentes grupos étnicos. Todas estas tribos e grupos possuem culturas que são diferentes, mas representam o mosaico da diversidade cultural africana.

Estas tribos e grupos étnico/social incluem os: Afar, Éwés, Amhara, Árabes, Ashantis, Bacongos, Bambaras, Bembas, Berberes, Bobo, Bubis, Bosquímanos, Chewas, Dogons, Fangs, Fons, Fulas, Hútus, Ibos, Iorubás, Kykuyus, Masais, Mandingos, Pigmeus, Samburus, Senufos, Tuaregues, Tútsis, Wolofes e Zulus.

Cultura

A África é um continente de grande diversidade cultural que se vê fortemente ligada à cultura brasileira. Pode-se perceber grandes diferenças em suas raças, origens, costumes, religiões e outros. Os africanos apreciam muito a moral e acreditam até que esta é bem semelhante à religião. Acreditam também que o homem precisa respeitar a natureza, a vida e os outros homens para que não sejam punidos pelos espíritos com secas, enchentes, doenças, pestes e morte. Faziam seus ritos a partir do conhecimento repassado através de gerações antigas.

- A capoeira que chegou na época da escravização e era utilizada na África como luta defensiva, já que não tinham acesso a armas de fogo;

- O candomblé que também marca sua presença no Brasil, principalmente no território baiano onde os escravos antigamente eram desembarcados;

OBS: Na divisão da totalidade, separou-se, na conferencia de Berlim, os países por características físicas, o que levou a uma união de diferentes grupos africanos.

África do Sul

Nove províncias formam o território da África do Sul, país que atraiu os olhares de todo o mundo no ano de 2010 por conta da Copa do Mundo. Além das belezas naturais e diversidades, o país oferece uma grande variedade também para o turismo de aventura.

Ao se tratar do continente africano, a primeira ideia que se remete são os desertos e os safáris. Realmente, a República da África do Sul é muito conhecida por suas belezas naturais, tudo lá é de grande variedade: praias, safári, mergulho, grande número de aves, turismo ecológico,desertos, montanhas e planícies. Além desses, sua diversidade cultural e religiosa sobressaem aos olhos do mundo, diante de tantas belezas. A língua falada na administração do país é o inglês, somado a mais dez diferentes línguas oficiais, que varia conforme a região.

Não podemos falar desse país sem relembrar os mais de trinta anos que sofreu com o apartheid. Em Johannesburg está localizado o museu do Apartheid, onde pode-se conhecer de perto, através de vídeos, fotos e objetos essa triste história de preconceito racial.

De modo geral, o transporte do país não difere do resto do mundo: são aviões, trens, ônibus, táxis e carros particulares. Para dirigir na África do Sul, basta carregar uma carteira de motorista com a assinatura do motorista e que contenha uma foto atualizada do mesmo.

As leis de trânsito são praticamente as mesmas do Brasil, onde o uso do cinto de segurança é obrigatório, é proibido dirigir após a ingestão de álcool e as placas de trânsito aparecem em quilômetros. Em algumas estradas é comum a cobrança de pedágios.

A comunicação via telefonia acontece da mesma forma que no restante do mundo, com empresas particulares e públicas. Além dessas é possível encontrar os telefones públicos, que funcionam através de cartões adquiridos nos correios, aeroporto e lojas autorizadas. O sistema de telefonia é de fácil acesso e os visitantes não encontram dificuldades em utilizar os serviços.

Apreciar as belezas desse país é uma experiência marcante, que fica na memória de qualquer um, pois a curiosidade será aguçada através das tantas riquezas que nele existem.

Riqueza histórica da África

Calcula-se que, desde o século XVI até 1850, quando foi proibido o tráfico negreiro, cerca de quatro milhões de africanos vieram para o Brasil. Eram pessoas de diferentes lugares, com diferentes culturas e crenças. Trouxeram consigo então, uma cultura rica, complexa e diversificada. Conhecer a fabulosa história da África é uma viagem pelo surgimento da humanidade e seus avanços. Afinal, foi no continente africano que surgiram os humanos mais antigos de que temos notícias. As populações do Egito, por exemplo, surgiram há aproximadamente cinco mil anos.

Antigamente, a África ainda não estava dividida em países como hoje, por isso, o continente era como uma grande aldeia, dividida pelos próprios nativos. Cada império, aldeia e grupo nômade tinha sua cultura e sua forma de ver o mundo. Quando os europeus chegaram lá, encontraram cidades isoladas, mas também grandes impérios estruturados e poderosos. Essa chegada teve muitas consequências, entre elas esteve o pacto que os reinos tiveram que fazer com o “inimigo” por questões de sobrevivência. Os que não se ajustaram a essa estratégia, foram vencidos e submetidos aos europeus.

Ao contrário do que muitos pensam, o continente africano teve uma riqueza muito grande. A produção de ferro era realizada em diversas partes da África, e somente centenas de anos depois a Europa passou a utilizar esse sistema de aquecimento de metal. Por isso, era comum encontrar povos que dominavam a produção de um bom ferro, e a fabricação de ferramentas como facas, enxadas e machados.

Os europeus trouxeram os africanos para o Brasil na intenção de que os escravos trabalhassem e servissem nas grandes plantações e nas cidades, mas eles e seus descendentes fizeram muito mais que plantar, explorar e produzir. Nos engenhos, aperfeiçoaram técnicas e tornaram-se mestres de açúcar famosos. Na mineração, muitos instrumentos usados pelos ferreiros, foram obra dos africanos. As mulheres livres se instalavam nas ruas vendendo os famosos acarajés, abarás, vatapás: tudo com bastante dendê. Os africanos também incorporaram à língua portuguesa, palavras e resquícios das línguas bacongos e mbundos, vindas da atual Angola. “Enfim, podemos afirmar que o tráfico fora feito para escravizar africanos, mas terminou também africanizando o Brasil.”.

Milton Santos

Milton Almeida dos Santos nasceu em Brotas de Macaúbas, no dia 3 de maio de 1926 efoi advogado e um dos geógrafos mais importantes da geografia brasileira após a década de 1970.

Apesar de ter se graduado em Direito, desenvolveu trabalhos em diversas áreas da Geografia, em especial nos estudos de urbanizaçãodo Terceiro Mundo. Ele foi um dos grandes nomes da renovação na geografia brasileira ocorrida nos anos 70.

Durante o seu exílio em 1964, lecionou em universidades de vários países, como: a França, os Estados Unidos da América,Canadá e Tanzânia. Lecionou também na Venezuela e no Reino Unido. Regressou ao Brasil em 1977para trabalhar na Universidade Federal Fluminense e ingressar na Universidade de São Paulo em 1984.

Embora pouco conhecido fora do meio acadêmico, Milton Santos foi o geógrafo brasileiro que obteve maior reconhecimento fora do país, tendo recebido, em 1994, o Prêmio VautrinLud, considerado o "Nobel" da geografia.

Milton Santos foi dos poucos cientistas brasileiros que, expulsos durante a ditadura militar, voltaram depois ao país. Seu "passe" foi disputado por diversas universidades, que o queriam em seus quadros. Toda a vida, Milton Santos buscou métodos e visões diferentes para encarar seus temas de estudo.

Sua obra "O espaço dividido", de 1975, é hoje considerado um clássico mundial, onde desenvolve uma teoria sobre o desenvolvimento urbano nos países subdesenvolvidos.

Suas ideias de globalização, esboçadas antes que este conceito ganhasse o mundo, advertia para a possibilidade de gerar o fim da cultura, da produção original do conhecimento: conceitos depois desenvolvidos por outros.

Milton Santos faleceu em São Paulo, no dia 25 de junho de 2001, aos 75 anos de idade, deixando uma vasta obra.

Paisagens de tirar o fôlego

A África possui uma vasta diversidade cultural e ambiental, sendo um dos continentes mais belos do mundo, porém a miséria encontrada na região é um fato que assombra a história desse povo. Porém, a África possui muitas belezas naturais e também paisagens criadas pelos homens e não apenas pontos negativos, como muitos de nós pensamos. Exemplo dessas paisagens são:

Deserto do Saara, um dos maiores desertos do mundo, localizado no norte da África. Com as condições climáticas e geográficas que tem, é praticamente impossível viver no Saara. Sendo atravessado pelo rio Nilo, apresenta um pouco mais de 9 milhões de quilômetros quadrados e, com certeza, é uma ótima vista para quem está de visita e quiser atravessá-lo montado no camelo.

Cabo da Boa Esperança é uma ponta que fica no extremo sul do país africano. É chamado assim porque, ao ser atravessado pela primeira vez, em 1488, mostrou a ligação entre o oceano Índico e Atlântico, prometendo a tão desejada chegada à Índia.

O Sudão, localizado no norte da África, possui mais pirâmides do que o Egito. Situada em uma região desértica antigamente conhecida como Reino da Núbia, não é indicada para incursões turísticas por causa dos conflitos políticos. Mas quem não gostaria de conhecer um lugar de tanta história?

O rio Nilo atravessa a região central e nordeste do continente africano, sendo o segundo mais extenso do mundo. Assume uma grande importância, já que é usado como via de transporte, sistema de irrigação da agricultura e também serve para gerar energia elétrica. Além de tudo, é uma linda paisagem para se apreciar.

Zumbi dos Palmares

Zumbi nasceu como um livre nos “Quilombo dos palmares”, que era uma reunião de escravos negros que fugiram das senzalas, prisões, entre outros. Porém, com apenas 6 anos de vida, foi capturado. Ainda capturado aprendeu latim e português e participava da celebração na missa, mas após 9 anos ele escapou e voltou para seu lugar de origem. Era caracterizado por sua astúcia na luta e por sua destreza.

Em 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa destacando-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Depois de três anos, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo. Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

Zumbi prometeu continuar a resistência contra a opressão portuguesa, tornando-se o novo líder do quilombo de Palmares, com 25 anos. Demonstrando-se um grande líder para o seu quilombo, a comunidade cresceu e se fortaleceu durante o seu “governo”, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. Ele mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.

No ano de 1694, ocorreu um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, a sede do quilombo é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade dele.

Em geral, Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Sendo o símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte (20 de novembro) é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra.

Martin Luther King

Tendo como seu lema, o uso da paz contra a discriminação racial, Martin Luther King foi um dos maiores líderes mundiais seguindo os princípios de Gandhi e tendo a oportunidade de viajar em direção a Índia para compreender melhor estes valores pacifistas e utilizar em suas manifestações.

Foi preso diversas vezes e boicotou junto com outros protestantes os transportes públicos da cidade de Montgomery no Alabama, com o objetivo de reivindicar a prisão de Rosa Parks, uma mulher negra que se recusou ceder o lugar a um passageiro branco, um caso que o tornou nacionalmente conhecido.

Em diversas situações King apresentou seus valores e idéias de uma sociedade americana igualitária. Lutava pela melhoria da educação e moradia de negros no Sul, pelo direito ao voto, que os negros não tinham, e pelas mulheres. Porém em 1968 foi assassinado em Memphis por um branco aparentemente racista e contra seus ideais. O autor do crime como punição foi sentenciado a 99 anos de prisão.

Um dia antes de morrer Martin Luther King proferiu seu último discurso anunciando ter visto a terra prometida: "Talvez eu não consiga chegar com vocês até lá, mas quero que saibam que nosso povo vai atingi-la". Logo depois de sua morte os Estados Unidos tornou-se um verdadeiro palco de manifestações e contestações mundiais. Em homenagem a King e pelo que fez a este país, a terceira segunda feira de janeiro tornou-se um feriado nacional.

Pode-se concluir, que através de Martin Luther King muitas das diferenças raciais que existia dez do processo de colonização, foram reduzidas ao máximo, tendo como fruto da famosa frase: “I have a dream” (Eu tenho um sonho) a eleição do primeiro presidente negro da história americana: Barack Obama.

Angola

Bandeira angolana: sua bandeira é composta do vermelho que simboliza o sangue de um povo que lutou por sua independência e o preto, como marca do continente africano e de suas raças.

Tendo como sua capital a cidade de Luanda e sendo banhada pelo Oceano Atlântico, a Angola apresenta clima temperado no litoral, com um período de chuva entre fevereiro e abril e ocorrência de verões secos e invernos amenos.

Esta nação, que no passado já foi colônia portuguesa, apenas conseguiu sua independência no ano 1975, um marco tão importante para o país, ao ponto de simbolizarem em sua bandeira. Atualmente sua economia é baseada na produção de matéria prima e de minerais, com forte presença de jazidas de petróleo, cobre, diamante, manganês e outros.
Sua religião oficial é o cristianismo, devido a interferência cultural de seus colonizadores portugueses, mas ainda há a presença de povos com religiões tradicionais.

Através da conferencia de Berlin o país foi dividido territorialmente, e explorado ao máximo por sua antiga metrópole, tendo como um dos resultados uma população relativa vivendo em condições de extrema pobreza.

Conflitos étnicos na África

Por justamente ser um continente cheio de diversidades culturais, a África apresenta conflitos étnicos, estes que interferem na economia, na política e cada vez mais nas condições de vida da população. Isto porque através da conferência de Berlin, realizada pelos países europeus nos anos de 1884 e 1885 ,

foi estabelecido o que se pode chamar de “fronteiras artificiais” que dividia o continente africano em colônias com o objetivo de explorar e sugar todas as riquezas, separando desta forma famílias e juntando inimigos culturais. Porém a guerra fria, confronto entre Estados unidos e a Ex-União Soviética (EUA e EX-URSS), contribuiu mais ainda para os conflitos destes povos, já que para conseguir aliados, estas duas grandes potências acabaram disponibilizando armamentos sofisticados que não só auxiliava nas guerras internas, mas também em seu processo de independência.

Países como: Ruanda, Mali, Senegal, Burundi, Libéria, Congo e Somália são os que mais apresentam índices de diferenças culturais. Outras disputas constantes são as territoriais e religiosas, como ocorre no Sudão, que tem em sua maioria pessoas lutando de qualquer forma possível, sem distinguir crianças de adultos e nem objetos de armas.

Pode-se concluir que a África, através de seu processo de colonização teve como conseqüências drásticas a amplificação dos conflitos étnicos e seu índice de miséria aumentado.

África: berço do mundo

Do ponto de vista arqueológico, o continente africano pode ser considerado o berço do mundo, por ter havido descobertas fósseis na região do Quênia, África do Sul, e Etiópia. Considerando o tempo desses fósseis recolhidos junto a outros fatores, especialistas concluem que os primeiros “rastros” da humanidade foram encontrados lá.

Essa é uma importante teoria para desenvolvermos o conhecimento sobre a história da humanidade e para quebrar ideologias racistas de supremacia branca. Infelizmente, nossa sociedade ainda continua considerando a cor da pele como fator para a desigualdade racial.

O continente africano, palco exclusivo dos processos interligados de hominização e de sapienização, é o único lugar do mundo onde se encontram, em perfeita seqüência geológica, e acompanhados pelas indústrias líticas ou metalúrgicas correspondentes, todos os indícios da evolução da nossa espécie a partir dos primeiros ancestrais hominídeos. A humanidade, antiga e moderna, desenvolveu-se primeiro na África e logo, progressivamente e por levas sucessivas, foi povoando o planeta inteiro.” Segundo o site Portal dos Orixás.

Gilberto Gil

Cantor e compositor de forte influência na cultura baiana, Gilberto Gil nasceu em Salvador, no ano de 1942, mudou-se para o interior ainda quando criança, retornando para a capital Soteropolitana com 9 anos. Onde teve maior acesso ao som, escutando cantores como Orlando Silva, Luiz Gonzaga, e João Gilberto, nos quais inspirou-se, o baiano é uma das maiores referências brasileiras no campo da música, sendo reconhecido mundialmente.

Desde criança seu gosto pela música foi manifestado, ouvindo sempre rádio e interessado por instrumentos, Gilberto foi um importante personagem da história brasileira. Em fins de 1968, Gil foi exilado pela ditadura militar que vigorava no Brasil, devido as músicas de protesto que agitaram a opinião pública. Entres seus prêmios, ele coleciona 3 Grammys Latinos. Pai de Preta Gil e Mariana Morena, hoje é um dos principais nomes do país, ex-ministro da cultura, sempre foi um forte personagem na luta contra o racismo no país, tendo canções como Oração pela Libertação da África do Sul, que expressa o sofrimento negro devido a escravidão.