sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Economia do Recôncavo Baiano Durante a Colonização.


  A economia da Bahia colonial sempre foi voltada para o mercado externo, realizando as exigências de Portugal e de todo o comércio europeu. O país produziu e consumiu somente o que interessava ao comércio externo, funcionando como produtor de matéria-prima e consumidor de produtos manufaturados.
  A base da economia foi, sem dúvida, o trabalho escravo que sustentou todos os ciclos econômicos até o século XIX, enriquecendo cada vez mais os senhores brancos. Além de ser mão-de-obra sem custo, o escravo era importante mercadoria humana e dava grandes lucros aos traficantes portugueses, que venderam nos séculos XVI, XVII e XVIII dois milhões de escravos negros no Brasil.
  A atividade econômica mais importante no Recôncavo foi o plantio da cana-de-açúcar e a sua transformação. Tal atividade era realizada nos engenhos e envolvia os dois principais grupos da sociedade baiana da época, sendo estes os donos de engenho e os escravos. Os senhores de engenho lucravam muito, e os portugueses lucravam ainda mais, já que compravam o açúcar produzido na Bahia para depois revender a outros países da Europa, onde ele era muito valorizado.
  Entre 1550 e 1650, o Brasil foi considerado o maior produtor de açúcar do mundo. A economia açucareira também estimulou outras atividades, como a pecuária (o gado além de ser usado como força de tração para o transporte e moagem de cana, também era comercializado para a produção de couro e carne seca no mercado interno). Estimulou também a lavoura do tabaco, e a produção do algodão, que apesar de não ter a mesma importância que a cana-de-açúcar teve também o seu lugar garantido na economia baiana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário