Foi ao longo
dos séculos XVIII e XIX que se formou a maior parte dos quilombos no atual
Estado do Pará. Ao fugir para esses aldeamentos, conhecidos também por
mocambos, o escravo conquistava a garantia de autonomia e de liberdade de ação
e de movimento.
A fuga para os mocambos representava, no início, uma solução difícil e arriscada. O escravo aventurava-se sozinho, indo abrigar-se, muitas vezes, em aldeias indígenas.Com o tempo, aprenderam a se organizar. A fuga passou a ser uma estratégia coletiva de resistência ao regime escravista. Surgiram personagens como os acoitadores, que se encarregavam de dirigir os grupos de fugitivos para os quilombos e se tornaram os principais inimigos dos proprietários de escravos.
A fuga para os mocambos representava, no início, uma solução difícil e arriscada. O escravo aventurava-se sozinho, indo abrigar-se, muitas vezes, em aldeias indígenas.Com o tempo, aprenderam a se organizar. A fuga passou a ser uma estratégia coletiva de resistência ao regime escravista. Surgiram personagens como os acoitadores, que se encarregavam de dirigir os grupos de fugitivos para os quilombos e se tornaram os principais inimigos dos proprietários de escravos.
Organizada a
fuga, os quilombos cresceram rapidamente, pois eram o principal foco de atração
dos negros que escapavam das cidades e das fazendas. A fuga de escravos
tornou-se um processo contínuo e rotineiro a partir da segunda metade do século
XVIII e início do XIX, quando também aumentaram as notícias sobre os quilombos
na imprensa local.
A
desestabilização político-econômica ajudou nesse processo. A decadência dos
engenhos de cana-de-açúcar, por exemplo, facilitou a fuga dos escravos. Além
disso, após a independência do Brasil, as crises políticas em Belém, capital da
província, possibilitaram a fuga em massa dos escravos que viviam na área
urbana.Os mocambos passaram a ser tão numerosos que, não raro, a imprensa
alegava que havia mais negros morando em quilombos do que em cativeiros.
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